O ano de 2015 será marcado por diversas homenagens a Mário
de Andrade. O Sarau dos Amigos – Uma Roda de Poesia e Arte homenageará o
escritor em sua primeira edição, no dia 27 de fevereiro de 2015, a partir das
20h, na Praça dos Paiaguás. Além disso, o autor de “Macunaíma” também será
homenageado na 13ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip,
que acontecerá de 1 a 5 de julho.
Poeta, romancista, crítico musical,
gestor público, folclorista, agitador cultural – Mário foi, como diz seu
celebrado poema, “trezentos, trezentos e cinquenta”. Se muito de seu legado
hoje está assimilado – antropofagicamente, para usar a expressão de seu
companheiro (e mais tarde desafeto) de geração Oswald de Andrade --, Mário
trouxe questões centrais para novos debates sobre o país, a vida cultural e a
literatura. Cultura popular e indústria cultural, patrimônio material e
imaterial, fala brasileira e língua escrita, cultura indígena, literatura,
identidade e gênero, a sua vida e obra parecem ter antecipado discussões
atuais, que a Flip pretende pautar e atualizar em sua edição 2015.
A atuação de Mário nas questões
ligadas a patrimônio – material, mas sobretudo imaterial – inspiraram a
exposição Histórias e Ofícios do Território . Inaugurada em dezembro de 2014,
com uma pequena jornada de debates entre paratienses e convidados de fora da
cidade, a mostra está em cartaz no Espaço Experimental de Cultura – Cinema da
Praça, em Paraty, até 8 de março de 2015. A exposição audiovisual, produzida
pelo Museu do Território que, assim como a Flip, é uma iniciativa da Casa Azul,
focaliza, a partir de depoimentos da velha guarda da cidade, a vida em Paraty
antes da construção da Rio-Santos, rompendo um isolamento de décadas.
A editora Nova Fronteira, que
publica a obra de Mário de Andrade, anunciará o lançamento de novos volumes,
preparados pela equipe do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de
São Paulo (IEB-USP). Entre essas edições, destaca-se a obra inédita Café, na
qual Mário trabalhou durante anos, e cuja concepção inicial, conforme descreveu
em carta de 1929 a Manuel Bandeira, era a de um “romance de oitocentas páginas
cheias de psicologia e intensa vida”. Perto do final da vida do escritor, o
projeto havia sido convertido numa ópera coral.
Fonte: Site oficial da Flip
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