sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Mário de Andrade será homenageado na 13ª edição da Flip


O ano de 2015 será marcado por diversas homenagens a Mário de Andrade. O Sarau dos Amigos – Uma Roda de Poesia e Arte homenageará o escritor em sua primeira edição, no dia 27 de fevereiro de 2015, a partir das 20h, na Praça dos Paiaguás. Além disso, o autor de “Macunaíma” também será homenageado na 13ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip, que acontecerá de 1 a 5 de julho.

Poeta, romancista, crítico musical, gestor público, folclorista, agitador cultural – Mário foi, como diz seu celebrado poema, “trezentos, trezentos e cinquenta”. Se muito de seu legado hoje está assimilado – antropofagicamente, para usar a expressão de seu companheiro (e mais tarde desafeto) de geração Oswald de Andrade --, Mário trouxe questões centrais para novos debates sobre o país, a vida cultural e a literatura. Cultura popular e indústria cultural, patrimônio material e imaterial, fala brasileira e língua escrita, cultura indígena, literatura, identidade e gênero, a sua vida e obra parecem ter antecipado discussões atuais, que a Flip pretende pautar e atualizar em sua edição 2015.

A atuação de Mário nas questões ligadas a patrimônio – material, mas sobretudo imaterial – inspiraram a exposição Histórias e Ofícios do Território . Inaugurada em dezembro de 2014, com uma pequena jornada de debates entre paratienses e convidados de fora da cidade, a mostra está em cartaz no Espaço Experimental de Cultura – Cinema da Praça, em Paraty, até 8 de março de 2015. A exposição audiovisual, produzida pelo Museu do Território que, assim como a Flip, é uma iniciativa da Casa Azul, focaliza, a partir de depoimentos da velha guarda da cidade, a vida em Paraty antes da construção da Rio-Santos, rompendo um isolamento de décadas.

A editora Nova Fronteira, que publica a obra de Mário de Andrade, anunciará o lançamento de novos volumes, preparados pela equipe do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP). Entre essas edições, destaca-se a obra inédita Café, na qual Mário trabalhou durante anos, e cuja concepção inicial, conforme descreveu em carta de 1929 a Manuel Bandeira, era a de um “romance de oitocentas páginas cheias de psicologia e intensa vida”. Perto do final da vida do escritor, o projeto havia sido convertido numa ópera coral.

Fonte: Site oficial da Flip

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